Rosto do atual presidente, que tenta terceiro mandato, é estampado 13 vezes no documento que os venezuelanos receberão em 28 de julho. Cédula ainda deve passar por modificações para incluir novo candidato opositor, Edmundo González.
A cédula é uma primeira versão da que os eleitores do país receberão no dia 28 de julho, quando votarão para presidente. Maduro, no poder desde a morte de Hugo Chávez, em 2013, tenta um terceiro mandato.
Na Venezuela, a cédula de votação possui um campo para cada partido, com as fotos dos candidatos apoiados por cada sigla. De acordo com o Conselho Nacional Eleitoral, a escolha da posição de cada partido na cédula segue critérios como os votos obtidos nas eleições anteriores e a data do registro da agremiação.
A primeira posição será ocupada pelo PSUV (Partido Socialista Unido da Venezuela), do qual Maduro faz parte. Os outros partidos da coligação que apoia o regime chavista aparecem em seguida, na parte superior e à esquerda da cédula.
O documento ainda deve receber modificações, já que o CNE prorrogou o prazo para a escolha final dos candidatos dos partidos. No último sábado, a principal frente opositora apresentou o ex-embaixador Edmundo González como candidato a Presidência.
A decisão foi tomada pelo Supremo Tribunal de Justiça, alinhado ao governo venezuelano, e também afetou o opositor Henrique Capriles, que já havia concorrido em outras eleições contra Chávez e o próprio Maduro.
O bloqueio à candidatura de Yoris teve repercussão negativa de diversos governos, incluindo o do Brasil. O presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, disse que a situação era "grave".